Magro e alto, com uma personalidade atraente e carismática, o paraibano Ariano Villar Suassuna estava sempre pronto a uma piada, ou para uma tirada cortante. Nascido no vilarejo de Nossa Senhora das Neves (hoje João Pessoa), em 16 de junho de 1927, começou cedo, ainda em 1945, a se dedicar à literatura. Escrevendo poesias, em um primeiro momento, logo passou à escrita de peças teatrais e romances. A obra de Ariano Suassuna possui, desde os primeiros escritos, certa coerência narrativa e temática que se articula em três eixos problemáticos principais: a família, o sertão e a cultura popular. Essa última, em especial, foi encarada por Suassuna como alicerce da identidade nacional e, por isso, digna do engajamento do autor.
Em uma boa definição sobre si mesmo, Ariano Suassuna afirmava:
Tenho espírito público; […] tenho obrigação de indicar caminhos brasileiros no maior número de campos artísticos que me seja possível
Para proporcionar o desenvolvimento da arte popular, Ariano Suassuna assumiu o papel de intelectual público, e passou a atuar junto a instituições federais e municipais. Entre 1969 e 1974, assumiu a direção do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco; entre 1975 e 1977, atuou como Secretário de Educação e Cultura de Recife, cargo que voltaria a ocupar em 1987. Em seus postos oficiais, Ariano Suassuna conseguiu os meios para realizar uma verdadeira revolução cultural na região. Proporcionou a poetas, músicos, escritores, pintores, homens de teatro, ceramistas, bailarinos, condições para que pudessem se expressar. Dentre seus maiores projetos, citamos o Movimento Armorial, lançado em 1970, que reunia artistas das mais distintas áreas, com o objetivo comum de pesquisar, recuperar e reinterpretar as manifestações artísticas populares.
Peças teatrais
Romances
Poesia
SANTOS, Idelette Muzart Fonseca dos. Em demanda da poética popular: Ariano Suassuna e o Movimento Armorial. Campinas: São Paulo: Editora Unicamp, 1999.
SUASSUNA, Ariano. Almanaque armorial. Seleção, organização e prefácio de Carlos Newton Júnior. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.
Não raro, o termo “popular” (repleto de definições, como o que vem do povo, o que é amado pelo povo) é interpretado por um viés pejorativo, como algo de baixo valor. Nesse sentido, a criação artística popular foi, por séculos, considerada primitiva, arcaica. Ao combate dessa ideia, Ariano Suassuna dedicou sua vida enquanto intelectual público.
Para o autor, a arte popular deveria ser considerada como qualquer outra forma artística, e por isso deveria ser apreciada de modo autônomo e independente de hierarquia social de valores estéticos.
Ao observar com mais cuidado as manifestações artísticas de sua região – os folhetos de cordel, a música de viola, rabeca ou pífano, os folguedos, o mamulengo, os desafios, as xilogravuras -, Ariano Suassuna descobriu uma fonte inesgotável de inspiração. Através do Movimento Armorial, iniciado em Pernambuco em 1970, o autor de O santo e a porca (1964), em companhia de artistas como Guerra Peixe, Francisco Brennand e Gilvan Samico, realizaram releituras das mais diferentes formas de arte popular. Seja através da citação, do plágio, da incorporação de temas e modelos poéticos, esses artistas recriaram determinadas tradições artísticas do nordeste, transformando-as em algo novo, também aberto à reelaboração, num ciclo infinito de retomadas e empréstimos.
Fundamental na obra de Suassuna, os temas presentes nos folhetos de cordel foram constantemente revisitados. Na peça teatral Auto da compadecida (1955), ele utiliza temáticas clássicas dos folhetos de cordel, como Nossa Senhora advogada dos homens (presente em O castigo da soberba, obra popular recolhida por Leonardo Mota); o animal que descome dinheiro (presente em História do cavalo que defecava dinheiro, também recolhida por Leandro Mota); e o enterro e testamento do cachorro (do cordel O dinheiro, de Leandro Gomes de Barro). Para além dos temas, também reproduziu o modelo poético dos cordéis, como podemos ver neste trecho de Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.
Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta
(…) Ave Musa incandescente
do deserto do Sertão!
Forje, no Sol do meu Sangue,
o Trono do meu clarão:
cante as Pedras encantadas
e a catedral Soterrada,
Castelo deste meu Chão!
Nobres Damas e Senhores
Ouçam meu Canto espantoso:
a doida Desaventura
de Sinésio, O Alumioso,
o Cetro e a sua centelha
na Bandeira aurivermelha
do meu Sonho perigoso! (…)
(…) Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo num baque solto do Maracatu
Eu sou um auto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca no Pastoril do Faceta
Levando a flor da lira pra Nova Jerusalém
Sou Luiz Gonzaga, vou dando um cheiro em meu bem
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte (…)
(…) No galope sem freio dos cavalos,
Os punhais reluzentes do cangaço,
A prata dos bordões no seu traspasso,
Pipocar do rifle e seus estralos.
O sino com seus toques de badalo
Nas onças com seus olhos amarelo.
No lajedo que é trono que é castelo
Ressonar no mundo esta onça parda (…)
Por muitos anos, Ariano Suassuna incorporou uma interpretação do Brasil realizada por seu “patrono”, Euclides da Cunha, que dividia o país em dois: um, oficial, da Rua do Ouvidor, centro da civilização cosmopolita e falsificada, e outro real, situado
no emblema bruto do sertão
Suassuna também pretendeu construir, em sua obra, uma imagem desse Brasil real, através da fabricação de uma identidade cultural e histórica do espaço sertão. Seu sertão, de modo mais específico, é o nordeste, lido por ele como lugar do tradicional, construído a partir de uma visão sacramental da memória, mediante uma relação tensa e intercruzada das dimensões do real e do imaginário. É povoado pela fome, sede, doenças, mas também pela nobreza, honra, valentia.
Lançando mão do gênero epopeico, das estruturas narrativas míticas, do realismo mágico da literatura de cordel, o autor fez desse espaço um “reino embandeirado, épico e sagrado”. Nesse reino, o maravilhoso se mistura à mais cruel realidade e lhe dá sentido. No Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, o pano de fundo é um evento histórico real, o movimento messiânico de Pedra do Reino, ocorrido entre 1836 e 1838, evocado pelo personagem principal, Quaderna, a fim de se filiar numa história de reis e rainhas legitimamente brasileira, escondida no meio do sertão.
Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta
(…) Tudo isso me ajudava, aos poucos, a entender cada vez melhor a história da Pedra do Reino e a me orgulhar da realeza e cavalaria dos meus antepassados. Tornava também o mundo, aquele meu mundo sertanejo, áspero, pardo e pedregoso, um Reino Encantado, semelhante àquele que meus bisavós tinham instaurado e que ilustres Poetas-Acadêmicos tinham incendiado de uma vez para sempre em meu sangue. Minha vida, cinzenta, feia e mesquinha, de menino sertanejo reduzido à pobreza e à dependência pela ruína da fazenda do Pai, enchia-se dos galopes, das cores e bandeiras das Cavalhadas, dos heroísmos e cavalarias dos folhetos. Assim, quando agora me acontecia evocar os acontecimentos da Pedra do Reino, o que eu via eram os Pereiras, como uma espécie de Cavaleiros Cristãos do Cordão Azul, assediando e assaltando o Reino criado e defendido pelos Reis Mouros do Cordão Encarnado da família Quaderna. Sonhava em me tornar, também, um dia, Rei e Cavaleiro, como meu bisavô. (…)
Assim, aos poucos, ia se formando no meu sangue o projeto de eu mesmo erguer, de novo, poeticamente, meu Castelo pedregoso e amuralhado. Tirando daqui e dali, juntando o que acontecera com o que ia sonhando, terminaria com um Castelo afortalezado, de pedra, com as duas torres centradas no coração de meu Império. Este, espinhosos e meio adesertado, era integrado astrologicamente por sete Ramos: o dos Cariris Velhos, o da Espinhara, o do Seridó, o do Pajeú, o de Canudos, o dos Cariris Novos e o do Sertão de Ipanema. Era o Quinto Império, profetizado por tantos Profetas brasileiros e sertanejos, e cortado por sete Rios sagrados: o São Francisco- Moxotó, o Vaza-Barris, o Ipanema, o Pajeú, o Taperóa-Paraíba, o Piancó- Piranhas e o Jaguaribe. Ali eu reergueria, sem perigo de vida, as Torres de lajedo do meu Castelo, para que ele me servisse de trono, de pedra-de-ara, de ninho de gaviões, onde eu pudesse respirar os ares das grandes alturas. Seria um Reino literário, poderoso e sertanejo, um Marco, uma Obra cheia de estradas empoeiradas, caatingas e tabuleiros espinhosos, serras e serrotes pedreguentos, cruzada por Vaqueiros e Cangaceiros, que disputavam belas mulheres, montados a cavalo e vestidos de armaduras de couro. Um Reino varrido a cada instante pelo sopro sangrento do infortúnio, dos amores desventuras, poéticos e sensuais, e, ao mesmo tempo, pelo riso violento e desembandeirado, pelo pipocar dos rifles estralando guerras, vinditas e emboscadas, ao tropel dos cascos de cavalo, tudo isso batido pelas duas ventanias guerreiras do Sertão: o cariri, vento frio e áspero das noites de serra, e o espinhara, vento queimoso e abrasador das tardes incendiadas. Nas serras, nas caatingas e nas estradas, apareciam as partes cangaceiras e bandeirosas da história, guardando-se as partes da galhofa e estradeirice para os pátios, cozinhas e veredas, e as partes do amor e safadeza para os quartos e camarinhas do Castelo que era o Marco central do Reino inteiro. (…)
(…) Diante de mim, as malhas amarelas
do mundo, onça castanha e desmedida.
No campo rubro, a asma azul da vida
à cruz de azul, o mal se desmantela.
Mas a prata sem sol destas moedas
perturba a cruz e as rosas mal partidas;
e a marca negra esquerda inesquecida
corta a prata das folhas e fivelas.(…)
Ver a terra era seu sonho
Nobre terra do Sertão
Pertencendo a todo mundo
Pelo sol da partição
E é por isso, que ele canta
De bacamarte na mão (…)
(…) São os do Norte que vem,
Do sol, do céu, do sertão,
No couro da minha cela,
No pêlo do alazão.
Trago o cantar do meu povo,
Seu sangue sua coragem,
De tantos anos sofridos,
Aqui na minha bagagem.
Faca de cabo de ouro,
Romances guerreiros, pra gente cantar,
Celas e arreios de prata,
Cavalos que andam com as patas no ar (…)
Como bom leitor do Romanceiro Popular Nordestino, Ariano Suassuna não se furtou a escrever sobre o amor. Narrou o amor trágico em seu primeiro livro de prosa, A história de Amor de Fernando e Isaura, publicado em 1956. Recriação do mito celta de Tristão e Isolda, sua versão suprimiu episódios relacionados ao fantástico para centrar a narrativa na materialidade do amor entre o casal. O amor romântico, por sua vez, aparece sempre em referência à sua esposa, Zélia de Andrade Lima, com quem permaneceu casado por 57 anos.
Mas, foi o amor paterno a referência mais constante em sua obra. Seu pai, João Urbano Pessoa de Vasconcellos Suassuna, fazia parte da oligarquia rural da Paraíba, estado que governou entre os anos de 1924 a 1928. Com o acirramento das disputas políticas, que desencadeariam a Revolução de 1930, foi assassinado, neste mesmo ano, no centro do Rio de Janeiro. Apesar dos poucos anos de convívio com o pai, Ariano Suassuna o converteu em herói, rei do sertão. Em sua obra, a morte do pai representa o desejo de transmutação do real, de criação de um mundo mágico onde a dor fosse redimida, e que, ao mesmo tempo, expressasse para o mundo tamanha injustiça.
A história de amor de Fernando e Isaura
(…) é que o amor humano, qualquer que seja ele, desata o coração dos que amam e, mesmo por vias tortas, aproxima-os de Deus. (…)
(…) Tempo e fortuna passaram,
Passaram sede e saudade:
Deixa a cabeça em meu peito
Que teu cabelo desfeito
Canta a vida e a brevidade. (…)
A Zélia
(…) É possível? Então não fomos feitos
somente para o amor e seus cuidados?
Então esse ouro puro,
essa chama e o temor inusitados,
o ressurgir da carne e do desejo
e sua transcendência
– ambos sagrados e ambos munidores
– do claro amor da vida e de seu sono –
tudo isso é sem retorno,
votado sem apelo à corrução?
Temo o futuro, é certo, e o desafio. (…)
(..) Era ela, a mulher, mito e legenda do meu sonho. O corpo feminino aparecia-me identificado com uma clareira de caatinga sertaneja, povoada de rosas selvagens, coroas-de-frade e macambiras. Os velhos temas do amor e do desejo renasciam com palavras minhas. E eu cantava assim:
Eis afinal a rosa, a encruzilhada
Onde moras ó ruiva, ó meu desejo. (…)
A mulher e o reino
(…) Oh! Romã do pomar, relva, esmeralda,
olhos de Ouro e azul, minha Alazã!
Ária em cordas de Sol, fruto de prata,
meu chão e meu anel, Céu da manhã!
Ó meu sono, meu sangue, dom e coragem,
água das pedras, rosa e belveder!
Meu candeeiro aceso da Miragem
meu mito e meu poder, minha Mulher!
Diz-se que tudo passa e o Tempo duro
tudo esfarela: o Sangue há de morrer!
Mas quando a luz me diz que esse Ouro puro
se acaba por finar e corromper,
meu sangue ferve contra a vã Razão
E pulsa seu Amor na escuridão! (…)
(…) Para mim, seu cantar era Divino,
Quando ao som da viola e do bordão,
Cantava com voz rouca, o Desatino,
O sangue, o riso e as mortes do Sertão.
Mas mataram meu pai. Desde esse dia
Eu me vi, como um cego sem meu guia
Que se foi para o sol, transfigurado.
Sua efígie me queima. Eu sou a presa.
Ele, a brasa que impele ao fogo acesa (…)
Acauhan- a Malhada da onça
(…) Aqui morava um Rei, quando eu menino:
Vestia ouro e Castanho no gibão.
Pedra da sorte sobre o meu Destino,
Pulsava, junto ao meu, seu Coração.
Para mim, seu Cantar era divino,
Quando, ao som da Viola e do bordão,
Cantava com voz rouca o Desatino,
O Sangue, o riso e as mortes do Sertão.
Mas mataram meu Pai. Desde esse dia,
eu me vi, como um Cego, sem meu Guia,
que se foi para o Sol, transfigurado.
Sua Efígie me queima. Eu sou a Presa,
Ele, a Brasa que impele ao Fogo, acesa,
Espada de ouro em Pasto ensanguentado. (…)
Há séculos, os sertões brasileiros foram povoados por peregrinos, beatos e conselheiros, homens simples que, em favor da fé, dedicavam suas vidas a levar a palavra de Deus aos mais recônditos lugares. Leigos, geralmente letrados, conheciam algo da Bíblia e, com alguma habilidade retórica, acabavam conquistando a admiração de sertanejos humildes. Com uma linguagem mais acessível que a adotada pelos clérigos da Igreja Católica – que não raro celebravam suas missas em latim -, esses “missionários” do sertão conseguiam conjugar os ensinamentos cristãos ao cotidiano sofrido daquela gente.
Por outro lado, num sertão onde a civilização passava ao largo, histórias sobrenaturais, superstições e crendices ganhavam foro de verdade. Nos sertões tudo era desconhecido – o mundo era uma vastidão, a natureza era indomável, e a ignorância generalizada. Não havia escolas, livros, hospitais, governo, nem lei. O que existiam eram as histórias contadas de pai para filho, e as pregações sobre céu e inferno. Desse cenário nasceria uma forma específica de religiosidade no sertão, uma fé popular que misturava de maneira orgânica os dogmas da Igreja Católica com as experiências de mundo do sertão.
Ariano Suassuna, sensível às diferentes formas da cultura popular, não tardou a perceber a importância dessa religiosidade na vida do sertanejo. Em suas obras, o escritor incorporou essa tradição através da advertência moralizante ao final dos textos, da relação informal e íntima entre seus personagens e os santos, com a presença constante e sagrada de Antônio Conselheiro e Padre Cícero. Também não deixou de criar paralelos entre a vida do sertanejo e a Bíblia, como na peça O rico avarento, uma referência direta ao Evangelho de São Lucas, sobre o rico e o Lázaro; ou no Auto da Compadecida, quando umas das falas da cena em que o padeiro e sua mulher morrem (“E assim serão os dois numa só carne”), é, na verdade, uma citação do Evangelho de São Marcos.
Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta
(…) Eu sou devoto dele [Santo Antônio Conselheiro de Canudos, o Sertanejo] e de Padre Cícero, na minha qualidade de Profeta do Catolicismo sertanejo! (…) É a minha religião, Excelência! (…)
(…)Mas eu enfrentarei o sol divino,
O olhar sagrado em que a pantera arde.
Saberei por que a teia do destino
Não houve quem cortasse ou desatasse.
Não serei orgulhoso nem covarde,
Que o sangue se rebela ao toque e ao sino.
Verei feita em topázio a luz da tarde,
Pedra do sono e cetro do assassino. (…)
Auto da Compadecida
(…) Valha-me Nossa Senhora/ Mãe de Deus de Nazaré!
A vaca mansa dá leite/ a braba dá quando quer.
A mansa dá sossegada/ a braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio,/ mas hoje dou escaler.
Já fui menino, fui homem,/ só me falta ser mulher
Valha-me Nossa Senhora,/ Mãe de Deus de Nazaré. (…)
(…) Uma excelência da Virgem
Oh, mãe de Deus, rogai por ele, mãe de Deus
Uma excelência da Virgem (…)
Nessa seção, estão disponibilizadas atividades didático-pedagógicas para uso do professor em sala de aula que articula a obra literária do autor à um conteúdo multimídia selecionado. Têm como objetivo criar novos dispositivos para o fomento da cultura brasileira, em especial, com a divulgação da poesia escrita e cantada produzida em nosso país. Se, de fato, abrir um livro de poesia e/ou prosa é como abrir uma janela, como comentava o poeta Mário Quintana, as atividades aqui propostas, destinadas ao professor de ensino médio, terá cumprido seu papel se contribuir para que novas paisagens possam ser cotidianamente descortinadas em nossas salas de aula.